quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O que é o deputado?

O deputado federal é o cidadão eleito para a Câmara dos Deputados para ser o representante do povo. Precisamos de um representante porque vivemos numa democracia representativa. Nesse tipo de sistema, uma pessoa ou um grupo é eleito, normalmente pelo voto, para representar um povo ou população. 
No Brasil, o deputado federal representa o povo do Estado que o elege. A quantidade de deputados por Estado é proporcional ao tamanho da sua população. 
O mandato, tempo que dura essa delegação de poderes, é de quatro anos, podendo o candidato concorrer a sucessivas reeleições.
Em muitos países, chamam-se deputados aos representantes do povo eleitos para o parlamento.
Um deputado, no Parlamento, tem poder legislativo, isto é, no Parlamento os deputados decidem se aprovam ou não decretos-lei ou mesmo leis. Os deputados também fazem perguntas ao governo, de caráter geral ou não, de forma a averiguar o seu trabalho.
Qualquer pessoa pode ser eleita para deputado, desde que pertença a um partido e reúna um número mínimo de votos. Quantos mais votos tiver o partido, maior número de deputados pode eleger para o Parlamento.
O partido que tiver mais de 50% de deputados no parlamento diz-se que tem maioria absoluta, já que a soma dos deputados dos outros partidos não chega a 50%. Ter maioria absoluta torna-se vantajoso para um partido porque evita coligações com outros partidos para decidir sobre uma determinada matéria. Assim, com maioria absoluta, os deputados de um partido podem votar e decidir logo um determinado decreto-lei, sem recorrer a ajudas de outros partidos.
Quando o número, em percentagem, de deputados de um partido não ultrapassa ou iguala os 50% diz-se que o partido tem maioria relativa e esse partido terá de recorrer (caso o voto dos outros partidos divergir) a coligações para aprovar ou rejeitar uma determinada matéria.
Teoricamente todos os deputados que pertencem ao mesmo partido deveriam exercer o mesmo voto sobre uma matéria: chama-se a isto disciplina de voto.
Há matérias nas quais não chega a um partido ter maioria absoluta. Essas matérias são aquelas que são transversais, isto é, são do interesse de toda a sociedade e, por isso, dizem respeito a toda a sociedade e não só a um partido. Aqui, a maioria absoluta fica sem efeito (exceto se o número de deputados de um partido for muito grande em relação aos outros) e cada deputado vota de acordo com as suas crenças, etnia, etc. sobre o assunto. Um exemplo claro disto é a legalização do aborto, um assunto que é transversal.

O que fazem:

missão dos deputados e senadores eleitos, é: 
*  aprovar e fiscalizar as contas do governo federal;
*  aprovar acordos e tratados internacionais;
*  investigar membros dos Poderes Executivo e Legislativo;
*  autorizar a realização de plebiscitos e referendos (consultas à população acerca de assuntos polêmicos);
*  convocar ministros de Estado para dar explicações, entre outras atribuições.
Cabe somente aos deputados:
*  autorizar a abertura de processo contra o presidente da República, o vice, os ministros de Estado e os deputados, em caso de suspeitas de corrupção, por exemplo.


 
Conclusão:
Muitos de vocês devem estar achando este post sem graça ou nem ligando pra ele, mas nós jovens temos que nos preocupar com o nosso país e com quem o governa, porque se não soubermos como poderemos exigir coisas, nem reclamar do que já está feito. Temos que saber quem é responsável por isso, o que estão fazendo com o dinheiro dos impostos que nossos pais pagam, temos que saber quem são eles, etc.
Conclusão para saber mais sobre os deputados acesse:

Autoras:
Mikaeli Geovana Santos S., Beatriz Beccari e Ana Carolina Gomez Lopes

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ciência na cozinha

   A alimentação é essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. No princípio, os ancestrais dos seres humanos precisavam caçar para obter alimento. Porém, com a descoberta da agricultura, os homens passaram a cultivar alimentos e, posteriormente, prepará-los para o consumo.  O hábito de praparar os alimentos para o consumo foi evoluindo até que se tornou uma ciência chamada gastronomia.

   Atualmente a gastronomia está presente em todo lugar, desde os mais refinados restaurantes franceses até a casa de cada um. A culinária é usada no preparo de todos os pratos consumidos em todo o mundo. Mas você já parou para pensar como alguns ingredientes misturados aquecidos por algum tempo podem se tornar pratos deliciosos, ou por que alimentos como a batata ficam mais apetitosos fritos do que cozidos? As respostas para essas e outras inúmeras perguntas culinárias são diversos processos químicos. E foi para entender como funcionam esses processos que o químico francês Hervé This e o físico húngaro Nicholas Kurti desenvolveram em 1988 um novo ramo da ciência chamada gastronomia molecular.

   A gastronomia molecular é uma ciência muito recente (foi criada há apenas 23 anos), tanto é que hoje em dia sabe-se mais sobre o que acontece dentro do Sol do que dentro de um bife grelhado. Porém, a gastronomia molecular já descobriu muito sobre os processos químicos e físicos que ocorrem durante o preparo de muitos alimentos, neste texto comentarei sobre alguns deles.

-Reações de Maillard

   Em 1912 o químico francês Louis-Camille Maillard tentava reproduzir a síntese de proteínas. Nesta tentativa ele conseguiu descrever de maneira detalhada este tipo de reação química que leva seu nome. Este tipo de reação acontece toda vez que um açúcar e uma proteína são expostos juntos a temperaturas mais altas que 100°C. As reações de Maillard liberam moléculas que dão sabor e aroma aos alimentos, além de substâncias de cor marrom. É daí que vem o cheiro de carne assada e o dourado do bolo assado (também é por isso que bolos light, geralmente sem açúcar, ficam mais pálidos).

   O que faz as reações de Maillard serem tão importantes é a quantidade de aromas e sabores que elas liberam: são centenas deles. E são tão complexos que até hoje os químicos não descobriram o que acontece com as moléculas, só se sabe que as reações são infinitas perto do calor, é por isso que uma hora a comida queima. Portanto, quando for cozinhar, procure misturas de proteína e açúcar para aquecer.

-Química nos Alimentos

   Neste tópico comentarei sobre alguns alimentos e alguns processos químicos envolvidos com eles. Para começar vou falar sobre um alimento que é unanimidade entre os jovens e o prato favorito de grande parte dos vegetarianos: a batata frita.

   Fritar é o ato de tirar a umidade da comida muito rapidamente. Quando merglhamos algo no óleo quente, entre 175 e 220°C, estamos evaporando toda a água na superfície do alimento. E este processo funciona melhor em alimentos ricos em açúcar e amido, como a batata, por isso ela fica tão apetitosa depois de frita. Hervé This, pesquisou sobre a batata frita e descobriu que dentro do tubérculo a temperatura não passa dos 100º C, que ele se enche de vapor e a pressão interna aumenta. Com base nessas informações e em alguns experimentos, This desenvolveu uma fórmula para preparar as batatas fritas perfeitas (crocantes por fora e com o purê macio por entro). Primeiro, deve-se cozinhar as batatas em óleo "morno" entre 120 e 160°C durante 8 e 10 minutos, depois, basta esquentar o óleo até 190°C e fritá-las por mais 3 minutos.

   A maionese é um condimento interessante, pois contrariando as leis da química, ela mistura duas substâncias que não se unem em condições normais: água e óleo. Este tipo de mistura (que une duas substâncias que não se unem em condições normais) é chamado emulsão. A maionese é composta de gema de ovo (que é 50% água), um pouco de suco de limão (90% de água) e óleo de cozinha. A água e o óleo só se misturam por causa da lecitina, uma substância presente na gema de ovo, neste caso a lecitina é denominada emulsificante.

   O óleo é formado por átomos e carbno e hidrogênio, que não se misturam, por isso formam-se bolhas de óleo em um recipiente com água, depois forma-se uma linha divisória com a água em baixo e o óleo boiando em cima. A Lecitina possui um lado simpático à água e outro aderente ao óleo, ela cobre as bolhas de óleo para que essas não escapem para a superfície, então tudo que o cozinheiro tem a fazer é transformar o óleo em pequenas bolhas, batendo a mistura.

    Outro alimento muito discutido pelos gastrônomos moleculares é a carne bovina. A carne é basicamente o músculo do boi ou da vaca que é composto por 75% de água, 20% de proteínas e 5% de gorduras, carboidratos e minerais. A maior parte do sabor e dos aromas da carne está na gordura. A carne é vermelha por causa da mioglobina, uma proteína parecida com a hemoglobina humana. Quando está cru, o filé bovino é até saboroso: tem bastante suco e gosto salgado, porém deixa uma sensação ácida na língua. Quando a carne é cozida ela fica mais saborosa e fácil de ser digerida, a 50°C a mioglobina da carne, de cor vermelha, transforma-se em outra substância marrom-acinzentada, mudando a cor da carne. As proteínas coagulam e ficam firmes, tornando a carne mais dura.

   Com a ajuda da gastronomia molecular descobriu-se a forma de se fazer o filé perfeito, que seja suculento como um bife malpassado e macio como carne de panela. A técnica é chamada e sous-vide e é feita da seguinte maneira: primeiro, deve-se embalar a carne a vácuo em um plástico e cozinhá-la em água não muito quente (até 60°C) por mais de 24 horas, assim o calor desmembra as fibras da carne e o plástico impede que a carne perca umidade. Quando o bife for tirado do plástico a carne estará extremamente macia e ainda vermelha, então basta apenas deixar as reações de Maillard agirem grelhando o filé ou passando um maçarico em suas pontas.

Micro-Ondas

   Também há muita ciência envolvida no eletrodoméstico mais amado por quem não sabe cozinhar. Como o próprio nome diz, o aparelho esquenta a comida com a ajuda de ondas como as da televisão, porém com um comprimento menor (portanto, mais potentes). Estas ondas agem na água dos alimentos, fazendo as moléculas se agitarem e produzirem calor. Por isso a temperatura dentro do aparelho nunca passa os 100°C, que é quando a água entra em eblição. Assim, nem todos os alimentos ficam apetitosos no micro-ondas. A carne, por exemplo, vira uma geleca, isso porque não há calor suficiente para que ocorram as reações de Maillard. Já o peixe, no entanto, fica saboroso quando preparado no micro-ondas. Isso porque ele é normalmente preparado dentro de líquidos como vinho branco e molho shoyu, o micro-ondas é eficiente em ferver estes líquidos e cozinhar o peixe.


   Existem milhares de outros alimentos onde há muitos processos químicos a serem estudados, desvendados e explicados. Estes são apenas alguns dos processos químicos presentes na culinária. Apesar de recente, a gastronomia molecular é um ramo muito vasto e abrange praticamente todos os alimentos existentes. A ciência está presente constantemente em nossas vidas. E, ao contrário do que muitos imaginam, ela serve para facilitar nossas vidas e desvendar como tudo funciona. Desde um bife grelhado, até uma estrela em combustão.

   Para saber mais sobre o assunto:
- Um Cientista a Cozinha, Hervé This, Editora Ática
- O Que Einstein Disse a Seu Cozinheiro, Robert L. Wolke, Editora Jorge Zahar


Por Ruan Brandão

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

História, Sociologia e Preconceito: qual a relação?

   Que atire a primeira pedra aquele que NUNCA sofreu algum tipo de descriminação. Seja ele de origem racial, eclesiástica, sexual, relativo à classe social ou até mesmo à nacionalidade do indivíduo, o preconceito está presente em nossa sociedade desde SEMPRE.
   Hoje em dia tornou-se comum assistir à reportagens que exibem diversos tipos de agressões, tanto físicas quanto morais, idealizadas em função de pensamentos preconceituosos. Contudo, essa situação não é atual; apenas tornou-se mais explícita, mais COMUM. Reflita: ao sofrer, ou até mesmo ao assistir a algum caso do tipo, você já parou para pensar sobre o porquê disso tudo ou até mesmo tentar interferir na situação? A provável resposta será “não”.
   É normal passarmos por certas adversidades no dia-a-dia e não entendermos direito o porquê daquilo tudo ou não agirmos; porém, nem todos procuramos compreender a situação e/ou tentar revertê-la, o que faria com que muitos destes problemas fossem, no mínimo, parcialmente resolvidos.
   A partir destas circunstâncias introduzimos a ideia do projeto: situação cotidiana e escola – como as matérias transmitidas em classe explicam o modo com o qual o preconceito afetou e ainda afeta a sociedade ao longo dos anos? Por que a situação chegou a tal ponto? De onde surgiu tal ideologia? Pode até parecer estranho, entretanto, questões como estas se passam pela mente da maioria dos estudantes nos dias de hoje; não obstante, o que muitos mal se lembram é que as respostas podem estar bem diante de seus olhos, sendo explicadas pelo professor.
   Assim, apresentando esta concepção, pretendemos deixar ainda mais clara a relação entre o ensino teórico e a explicação de tudo aquilo o que vivemos no dia-a-dia. Por conseguinte, segue agora uma breve dissertação de sobre como a História e a Sociologia aplicadas na escola de hoje interligam-se diretamente com o auxílio na hora do entendimento das consequências do preconceito para a humanidade e de suas possíveis resoluções.

Preconceito – Origem, progressão e atualidade: A História explica, a Sociologia define
O que é o preconceito?
   Preconceito é a convicção de que determinadas características físicas, condições financeiras, opções eclesiásticas e sexuais ou até mesmo a nacionalidade do cidadão (entre outros motivos) determinam também os traços de caráter, capacidade e inteligência do mesmo. A base do racismo é o conceito de “pureza” aplicada aos homens, não focado apenas na cor da pele, mas também em outros aspectos, como os já citados acima. Não se trata de uma teoria científica, mas de um conjunto de opiniões muito pouco coerentes.
   No caso do chamado preconceito racial (ou simplesmente racismo), a ideia surgira da concepção das chamadas raças puras, superiores às demais; tal superioridade autoriza uma hegemonia política e histórica, pontos de vista contra os quais se levantam objeções consideráveis, afinal, quase todos os grupos humanos atuais são produto de mestiçagens.

Surgimento e disseminação
   A história da humanidade refere-se, desde os tempos mais antigos, à relações decorrentes das migrações, entre povos racialmente distintos. No entanto, antes da época de expansão das nações européias, as relações raciais não apresentavam a feição que mais tarde as caracterizaria.
  Entre egípcios, gregos e romanos, as relações vigoravam indiferentemente, mesmo com povos a eles semelhantes; já durante toda a Idade Média, a base da rivalidade entre povos era, sobretudo, religiosa e, ainda nos primeiros contatos entre portugueses e africanos, não havia nenhum atrito de ordem racial.
   Entretanto, a partir do Renascimento, quando o progresso técnico permitiu à Europa “dominar” o mundo, surgiram diversas ideologias que pretenderam explicar e justificar a subserviência dos demais continentes pelos países europeus, alegando existir na Europa uma raça superior, destinada por Deus ou pela história a dominar as raças não-européias, consideradas inferiores. A expansão espanhola na América buscou sustentação ideológica em crenças tais como as de que os americanos e índios não eram verdadeiros seres humanos, o que justificaria sua exploração e, concomitantemente, o surgimento da chamada escravidão.
   Mais tarde, tal ideologia fora convertida em programa político pelo Nazismo. A perseguição dos judeus e a escravização de povos da Europa oriental em nome da superioridade da pretendida raça ariana resultou, por suas atrocidades, na adoção pela opinião pública mundial de critérios opostos ao racismo, a partir do final da segunda guerra mundial.

Ramificações do preconceito: O Holocausto e a Escravidão
Origens do Holocausto
   Holocausto é o termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista, durante o governo de Adolf Hitler. Segundo o discurso do político, eram estes os maiores culpados por impedirem o processo de eugenia étnica defendido por sua ideologia.
   Tal ideia partia do princípio de que a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de uma nação composta por seres superiores. Dessa forma, para que a supremacia racial ariana*fosse conquistada pelo povo alemão, Hitler passou a pregar o ódio contra aqueles que impediam a “pureza racial” dentro de seu território.

   Assim, dado o início da Segunda Guerra, o governo nazista criou campos de concentração onde os judeus eram forçados a viver e trabalhar em condições insalubres, com péssima alimentação, sofrendo torturas e sendo utilizados como cobaias em experimentos científicos.

   Entretanto, apesar do foco estar voltado, neste acaso, apenas para a questão do povo judeu, é importante lembrar que o regime nazista perseguiu também uma série de outros grupos sociais, tais como ciganos, homossexuais, opositores políticos de Hitler, doentes mentais, pacifistas e grupos religiosos. 
 Consequências do Holocausto para o povo judeu
   Quando foram liberados, após o fim do holocausto, muitos sobreviventes tiveram medo de retornar para suas casas devido ao anti-semitismo que ainda existia em partes da Europa, e também pelo trauma que haviam sofrido, que os deixava inseguros.
   Sem ter para onde ir, uma vez que não mais tinham onde viver e trabalhar, dezenas de milhares de sobreviventes, oriundos do leste da Europa, ficaram desabrigados, tendo que migrar para países do oeste europeu que já haviam sido liberados. Muitos outros refugiados emigraram também para o Canadá, Austrália, México, Argentina e outros países latino-americanos, bem como para a África do Sul e, mais tarde, para Israel.
   Segundo analistas, se não houvesse o Holocausto, o número de judeus estaria entre 25 e 35 milhões em todo o mundo e muitos deles viveriam na Europa; porém, com a disseminação da ideologia nazista, estes foram reduzidos excessivamente, além de sofrerem preconceito até os dias de hoje por parte dos denominados neonazistas, seguidores contemporâneos dos ideais de Hitler.

Os judeus nos dias de hoje
   Mesmo depois de todo o sofrimento e de toda a perseguição causada aos judeus, grande parte deste povo vive hoje em condições pacíficas e praticamente livres do preconceito em diversas partes do mundo, conservando à risca o apego à sua religião, ou seja, às suas tradições e ao legado de sua história, apesar da secularização e do liberalismo que agora predominam em suas instituições. Atualmente, o estado de Israel é o que concentra o maior número de adeptos ao judaísmo.

* Raça Ariana: uma antiga raça que, na teoria de etnólogos europeus do século XIX, tinham pele branca e deram origem à civilização europeia, relativamente mais poderosa que as demais ao longo da história.

Links recomendados:
Site do United States Holocaust Memorial Museum – Página com diversos testemunhos de sobreviventes do holocausto.
Goisrael.com - Link em site de turismo, para quem desejar saber um pouco mais sobre a história do povo judeu.
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Origens da escravidão
   A origem da escravidão se perde nos tempos, aproximando-se das origens da própria civilização humana. Segundo os antropólogos, em um determinado momento da pré-história os homens perceberam que os prisioneiros de guerra - normalmente sacrificados em cultos religiosos - poderiam ser usados para o trabalho ou "domesticados" como animais.

   Nas civilizações da Antigüidade - Egito, Babilônia, Grécia, Roma, etc. - a escravidão era uma prática constante. Somente na Idade Média, com a reestruturação da sociedade europeia de acordo com a ordem feudal, a escravidão foi substituída pela servidão, uma forma mais branda, por assim dizer, do trabalho escravo.            
   Em termos mundiais, esta prática ressurgiu com o capitalismo comercial, concomitantemente à época das grandes navegações. O uso da mão-de-obra escrava - em especial do negro africano e do índio, no caso do nosso país - desenvolveu-se nas colônias de além mar de países europeus como Espanha, Portugal, Holanda, França e Inglaterra  
Consequências refletidas na sociedade atual
   As conseqüências da escravidão se fazem presentes ainda hoje na sociedade brasileira. Elas não só se limitam às desigualdades sociais, mas também permeiam muitas ideias falsas e preconceitos os quais, muitas vezes, passam despercebidos por nós.
   Quando houve a libertação dos escravos, os antigos latifundiários preferiram empregar pessoas estrangeiras; além disso, os negros, cansados do cativeiro, só pensavam em deixar as fazendas. Alguns até queriam ficar, mas foram mandados embora. E o que aconteceu a eles? Ficaram sem emprego, sem ter onde morar e sem ter o que comer. Para sobreviver aceitavam, da mesma forma que antes, os piores trabalhos possíveis; com o pouco que recebiam tinham que comprar alimento, vestimenta e pagar moradia, coisas que, no cativeiro, embora não fossem do melhor, eles tinham.
   Dessa forma nascia uma população livre e, ao mesmo tempo, excluída socialmente, que, hoje, representa uma das características mais marcantes do nosso país. Como heranças sociais deste descaso, existem no Brasil inúmeras áreas carentes que são formadas por descendentes dos antigos escravos, índios e negros. São favelas ou áreas alagadiças, que não oferecem uma estrutura adequada para habitação. 
Cotas universitárias
   Um dos assuntos mais debatidos nos dias de hoje é a questão das reserva de vagas universitárias para negros e índios em nosso país. Como a maioria da população já tem conhecimento, as chamadas cotas fazem parte de uma política oficial nascida de um Projeto de Lei, que estabelece um sistema de reserva de vagas para universidades públicas, baseado no desempenho escolar dos alunos do Ensino Médio.
   O sistema funciona basicamente desta maneira: de 100% das vagas, 50% são destinadas para quem cursou o Ensino Médio em escolas públicas. Dentro desse percentual, são reservadas vagas a alunos que se declararem negros ou índios, em uma proporção igual à população de negros e indígenas em cada estado brasileiro.
   O verdadeiro objetivo desta política é democratizar o acesso ao Ensino Superior com base em critérios raciais, já que estudos recentes de distribuição de renda no país mostram que a população negra e os povos indígenas têm sido sistematicamente excluídos da sociedade brasileira ao longo da história, com já antes dito.
   Todavia, uma razoável parcela da população mostra-se descontente diante dessa situação. Muitos negros, indígenas e até mesmo descendentes de tais povos sentem-se descriminados pelo fato de obterem “vantagem” sobre os demais em função de suas origens, alegando que tal medida os rotula como inferiores apenas por questões raciais, o que caracteriza uma forma explícita de preconceito; porém, se analisarmos minuciosamente as razões para a aplicação das cotas, conseguiremos enxergar o quanto tais reservas fazem sentido, afinal, é uma forma que a Nação encontrou de “recompensar” os povos negro e indígena por sua época de escravidão no país, que acabou se refletindo (em certos casos)  em suas condições sociais presentes, um tanto inferiores financeiramente quando comparadas aos padrões gerais, como mostram dados do IBGE.
   Apesar disso, muitos estudantes de outras descendências também não se conformam com o sistema; estes, por sua vez, sentem-se prejudicados ao olharem a situação de outros pontos de vista: “Qual a diferença entre um negro pobre e um branco igualmente desprovido? Por que eu, que também não tive boas oportunidades e condições, tenho de encontrar mais dificuldades do que ele em relação ao ingresso nas faculdades públicas?”, o que torna cada vez mais polêmico o assunto.
   Não obstante, em grande parte dos casos, esta parcela da população pensa de tal modo apenas por falta de informação, ou seja, por não compreender ou até mesmo não conhecer os fatores históricos que resultaram na adoção de tal circunstância, o que torna o debate ainda mais irracional.
   Em vista de tais colocações, propomos a vocês leitores uma breve reflexão: se o interesse pelos estudos ou até o próprio sistema de ensino em nosso país melhorasse, grande parte da população compreenderia melhor tanto este quanto outros assuntos citados anteriormente, o que acabaria com boa parte do sentimento de preconceito e boa parte das discussões dispensáveis.
   Sendo assim, por que não aceitar que escola e cotidiano caminhem juntos? O ensino hoje em dia, como já antes dito, é a principal ferramenta não só para o ingresso em uma boa faculdade, mas também para a formação de melhores cidadãos; tudo o que se aplica no espaço escolar é útil para o futuro do aluno ou, do contrário, simplesmente não seria transmitido, não concorda?

Links recomendados:
 Fórum UOL - Link direcionado ao debate e à exposição de ideias sobre o sistema de cotas universitárias.
Site da UFPA - Entrevista concedida pela Antropóloga e professora da UFPA Marilu Campelo, onde se discute também a questão das cotas universitárias.


Por Anna Oliveira

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Iniciação Científica - Definição

   A Iniciação Científica é uma modalidade de pesquisa acadêmica que visa introduzir os estudantes de graduação na pesquisa científica. Na maioria das vezes, os alunos que realizam este projeto possuem pouca ou nenhuma experiência neste tipo de trabalho (daí o caráter de "iniciação"). Nesta atividade o graduando tem seu primeiro contato com elementos básicos da pesquisa científica como a escrita acadêmica, a sistematização de ideias e a elaboração de relatórios.

   A atividade é geralmente acompanhada por um professor orientador que pode ser ou não ligado a um laboratório de pesquisa na universidade na qual o aluno estuda. Os projetos também podem ser financiados por instituições através de bolsas anuais de incentivo à pesquisa. As principais agências financiadoras desse tipo no Brasil são o CNPq(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) a nível federal e as agências estaduais como FAPESP, FAPERJ e FAPEMIG (Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente).

   A Iniciação Científica é um dever da instituição, não uma atividade eventual ou esporádica. Por isso deve ser tratada separadamente às bolsas de iniciação científica, pois essas são um incentivo individual de financiamento aos melhores alunos, enquanto os projetos de iniciação científicas devem ser tratados como instrumentos básicos de formação. Pode-se considerar a Iniciação Científica como um instrumento abrangente de fomento  à formação de recursos humanos. Nesse sentido, não se pode querer que todo aluno nesta atividade tenha bolsa. É fundamental compreender que a iniciação científica é uma atividaade bem mais ampla que sua pura e simples realização mediante o pagamento de uma bolsa.

-Por que fazer Iniciação Científica?

   A atividade de iniciação científica permite o contato direto com a atividade de pesquisa, a qual é bem diferente do aprendizado de disciplinas do curso de graduação. Através dela o graduando não apenas estudará um tópico novo, como também aprenderá a pensar de forma criativa e a achar soluções para problemas que muitas vezes não possuem solução predeterminada., bem como explicar seu trabalho em publico. Essa experiência é importante para quem pretende seguir na carreira acadêmica (através de um Mestrado ou Doutorado) e para aqueles que pretendem ampliar seus conhecimentos. Muitas vezes serve de embrião para um projeto mais sofisticadode Pós-Graduação. É importante que futuros profissionais tenham o hábito de se atualizar constantemente.

-Quais as outras vantagens e se fazer Iniciação Científica?

   A FAIT/ACITA fornece a todos os alunos de Iniciação Científica uma conta de acesso à rede de computadores e uma bolsa de pesquisa: a Bolsa de Iniciação Científica. Além disso, estes alunos podem participar de encontros e congressos científicos.

 
Por Ruan Brandão

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Do papel à realidade

A função dos conhecimentos teóricos no dia-a-dia do estudante   
   Grande parte dos estudantes, independente do país em que vivem, de sua classe social ou de outros fatores que em alguns casos podem ser considerados relevantes, já se questionaram ou ainda costumam se questionar com frequência sobre o “por que” da escola. Para que estudar matemática quando pretendo ser psicólogo? Para que aprender história se o que desejo é cursar física? Por que não posso simplesmente aprender sobre a profissão que desejo exercer? Afinal, se não necessitasse de tanto empenho em relação às outras matérias, aprenderia muito mais rápido aquilo que realmente “preciso” aprender, não?
   Olhando por este ângulo até parece correta a proposta citada acima: estudar apenas o que eu realmente QUERO, PRECISO estudar. Mas, imagine só: o que seria de um geólogo sem a matemática? De um médico sem a química? De um sociólogo sem a história? O que seria de nós, brasileiros, sem o aprendizado correto da Língua Portuguesa? Como nos comunicaríamos?
   Este é o ponto. Por mais que, aparentemente, muitas matérias não se liguem de forma direta, quase tudo o que é ensinado na escola um dia é reaproveitado, mesmo que de maneira imperceptível. Além disso, ao estudar uma maior diversidade de temas, o aluno adquire um nível cultural infinitamente elevado, o que o permite não só entender mais sobre todo o universo que o abrange, mas também abre um leque de oportunidades em seu caminho, seja numa entrevista de emprego (em qualquer área) ou até mesmo na hora de socializar com outro grupo, expressar ideias com maior facilidade e persuasão, etc.
   Porém, nem todo o estudante tem a oportunidade de receber essa orientação e, em função de tal descaso, vem crescendo cada vez mais o número de profissionais mal instruídos, com nível cultural baixíssimo e, em alguns casos, praticamente semi-analfabetos, utilizando seu diploma de graduação apenas como artigo decorativo na parede do quarto.
   Por estes e outros motivos, resolvemos encaminhar esta proposta do Projeto Ágora – sobre a Iniciação científica e a aplicação de conteúdos escolares de modo prático, sugerida por nosso professor coordenador – de um modo que nossos leitores, grande parte estudantes dos ensinos fundamental e médio, conscientizem-se da utilidade da escola em suas vidas: de como o que aprendem pode ser reaproveitado tanto de forma prática, no dia-a-dia, quanto de forma “abstrata”, influenciando em sua cultura, em sua formação de caráter e, futuramente, em sua carreira profissional.
   Assim resolvido, nós, da 1ª Coroa, preparamos um conteúdo abrangendo grande parte do que fora citado acima. De início, um trecho sobre o que é a Iniciação Científica e o que tal método de aprendizagem acarreta para a vida dos alunos (universitários, no caso) hoje; em seguida, alguns exemplos de como matérias escolares são introduzidas em nosso cotidiano. 

   O conteúdo completo será postado ainda ao decorrer desta semana. Aguardem!


Por Anna Oliveira

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Letras

      Quantas vezes você já ouviu perguntarem: “O que uma pessoa formada em letras faz? É apenas professor?” ou afirmarem: “Quem faz Letras, se torna professor e não ganha nada, pois não é uma profissão bem remunerada”. Ouvimos isto sempre,principalmente em época de vestibular. Mas será que é bem assim? Só existe professor nesta área? Que tal conhecer um pouco sobre esta profissão?

      O curso de Letras tem duração de quatro anos. Currículo mínimo: Língua e literatura brasileira, cultura brasileira, língua estrangeira moderna (inglês e espanhol) ou morta (latim e grego), literatura correspondente à língua escolhida e lingüística. A formação em Letras se divide em duas: o curso de licenciatura habilita o profissional a dar aulas para 1° e 2° graus e visa dar ao aluno fundamentação didádico-pedagógica; já o bacharel em Letras pode dar aulas em faculdades,alem de se dedicar à pesquisa da língua.

      No mercado se optarem pelo licenciado poderão atuar como professor, crítico literário, pesquisador, resenhista, tradutor, agente literário e revisor de textos. Já o bacharelado a área de atuação abrange desde projetos de pesquisas até trabalhar como tradutor e intérprete. Além destas profissões, poderá exercer funções como escrever verbetes em dicionário e trabalhar em áreas como centros culturais, planejando eventos, feiras de livros e palestras. Observou como uma pessoa formada em Letras não é apenas professor?

      Um fator importante para a atuação desta profissão é a globalização econômica e o aumento no turismo mundial, pois abrem novos caminhos para estes. Quem opta pelo bacharelado com ênfase em inglês e espanhol ainda tem prevalência no mercado. Mas outras línguas também se destacam, como o mandarim e o japonês. O francês, o italiano e o alemão também oferecem boas oportunidades de trabalho.

      Além disso, a disseminação da Internet e das tecnologias da informação também trouxeram novos campos de atuação, como a revisão e tradução de sites, supervisão na área de  telemarketing e consultoria de empresas para questões ligadas à língua portuguesa e língua estrangeira, por exemplo. Observamos, então, que campo para atuar não falta, mas como saber se é pra você?

     Em primeiro lugar, é preciso gostar de ler, pois é um curso que exige a leitura, ter uma boa capacidade de análise, redação, habilidade pra traduzir ou modificar textos, bom conhecimento gramatical, domínio verbal, criatividade e objetividade. Ter também conhecimento em alguma língua é importante. Também deve estar disposto a se dedicar muito aos livros e a textos avulsos, inclusive na internet, dedicar o máximo de horas à leitura, à pesquisa e ao estudo. O profissional nessa área precisa ensinar todo o universo de uma língua e dessa forma ele começa a entender a forma de pensamento de um povo, sua história e cultura. Formar-se em Letras significa ter amor pela profissão e dedicação para exercê-la e ultrapassar qualquer obstáculo que atrapalhe seu objetivo.

      Ainda existe outra questão: remuneração. Maria Lucia Wilthsire de Oliveira, coordenadora do curso de Letras da UFF (Universidade Federal Fluminense) diz: “Muito procurados por estudantes que não se preocupam com status pessoal e financeiro, os curso ligados à área de letras propõem uma formação voltada para a educação e evolução da cultura”, ou seja, se o estudante quiser optar por uma profissão que lhe garante retorno financeiro, não tem o perfil de um estudante de Letras. Segundo a coordenadora Maria Lucia Wilthsire de Oliveira, da UFF, outros itens que compõem o perfil dos estudantes de Letras é vir de uma classe média ou baixa. ”De um modo geral, os alunos de Letras vêm de classe média ou baixa e não têm expectativas de ganhar muito dinheiro com a profissão”,diz. Desta forma quem almeja status e muito dinheiro não está apto para a profissão, pois o fator principal é ter amor pelo que faz e fazê- lo bem.

      Como vimos em toda a matéria, escolher a profissão de Letras não se resume em ser professor, envolve muito mais do quê isso, você deve ter amor pelo que faz, dedicação, perseverança e o desejo de realmente alcançar um objetivo. Ser um estudante de Letras não significa sonhar pequeno, devido à pouca remuneração, e sim sonhar grande, sonhar em ter o trabalho reconhecido e valorizado perante outras profissões. Assim que tal reconhecer um pouco o trabalho árduo dos professores?

      Atualmente, faltam professores no País, porém a baixa remuneração pouco atraente para os profissionais em começo de carreira afugenta os estudantes da área.Os salários variam de acordo com a atividade, para os professores, por exemplo, a carga horária de trabalho e a política da escola onde trabalham fazem com  que a média de pagamento fique entre R$ 600 e R$ 2.000 (com mais tempo de carreira). Cursos de especialização, mestrado e doutorado também contam pontos.

      Todos sabem das dificuldades que os professores passam, preparar aulas, corrigir provas, salários baixos, a falta de respeito de alunos e pais, a humilhação de ter seu trabalho reduzido a nada, devido a falta de status, e ausência de reconhecimento, todos estes fatores fazem parte da vida destes profissionais. Não é de se admirar que professor é quase que uma espécie em extinção. Mas o que  os motiva, então, a continuar carreira, já que salário não é uma motivação? O que motiva estes profissionais é o amor e a paixão que eles têm, pelo o que fazem. O professor tem amor por exercer tal profissão e este sentimento é o que faz tudo valer a pena no final. Um bom salário, valorização, respeito e reconhecimento, seriam, talvez, apenas uma conseqüência do trabalho árduo destes profissionais, mas não são seu foco. Seu objetivo é passar ao seu aluno, todo o conhecimento que seja possível de forma alegre e com paixão e mostrar que o que traz felicidade não é ter um ótimo salário, mas satisfação e amor pela profissão. Leia agora uma pequena entrevista com o Professor Miguel Pereira, profissional da ETEC Guaracy Silveira:

Boa tarde Professor Miguel Pereira
Eu me chamo Thais Ferreira, aluna do Colégio Lidia Camacho e faço parte de um projeto chamado Ágora. Estamos no momento empenhados em um trabalho sobre profissões focado na área de humanas com o objetivo de dissipar dúvidas. Minha parte é fazer uma entrevista com um formando em Letras e será um prazer fazer com o Sr.

1) Por que o Sr. Escolheu a Faculdade de Letras? Algo ou alguma coisa te influenciou?
        Desde muito cedo já tinha em mente exercer esta profissão; com o passar do anos essa idéia foi amadurecendo e não tive dúvidas: fiz o curso e realizo-me na profissão que tanto sonhara.

2) Quando formado,quais foram as dificuldades em encontrar um emprego?
       Primeiro tive que ir à luta à procura de aula e depois enfrentar as condições adversas que o trabalho, infelizmente, nesta profissão, trás à tona todos os dias. Portanto, encontrar um trabalho, não é tão difícil, porém um local que dê condições plenas é o mais difícil.

3) Está totalmente satisfeito com sua escolha?
       Sem dúvida, me realizei profissionalmente, mas condições adversas sempre nos colocam diante de novos desafios.

4) Muitos desistem da Faculdade de Letras, pelo salário, o que o Sr. Diria a estes pra dissipá-los de tal idéia?
      Pensar em sonhos exorbitantes; esqueça. É uma profissão que você terá que aperfeiçoar-se constantemente, adequar-se a mudanças que constantemente ocorrem.

5) Na opinião do Sr. Qual é a melhor área de atuação para os formandos de Letras?
     Varia, há pessoas que se darão melhor em sala de aula (realizar-se-ão), outras, realizar-se-ão no campo da pesquisas; ou até mesmo, aulas particulares.

6) Na opinião do Sr. O melhor é escolher a profissão pela razão ou pela emoção?
     Pela razão, quando você optar pelo que o mercado de trabalho oferece; pela emoção, quando você está fazendo aquilo que realmente você almeja; sonho realizado.

7) Para os que estão em dúvida com relação o futuro, qual seria seu conselho   para tomarem a melhor decisão?
     Não precipitar-se, pois se você escolhe uma faculdade e não é aquilo que você esperava, é sempre tempo de retornar e buscar seu realização. Enfim, em qualquer profissão é necessário que você esteja exercendo-a com um objetivo alcançado; ou seja, exercer com amor, carinho e, principalmente, aptidão para a mesma

      Professor, foi um enorme prazer fazer esta entrevista com o Sr., com certeza ela foi de grande ajuda para todos os que estão confusos com a profissão de Letras.

      Espero que tenham tirado bom proveito desta pequena entrevista com o Professor Miguel e que levem a sério tudo dito para tomarem uma boa decisão.

      Concluímos, em um todo, que a profissão de Letras realmente não traz riqueza, mas traz satisfação e vimos que a palavra que a resume é amor. Observamos também o papel importante do professor, eles são inestimáveis, prova clara que tudo vale a pena quando realmente existe o desejo de fazer aquilo. Espero que você, leitor, tenha tirado um bom proveito sobre tais informações e pense muito bem antes de escolher uma profissão, se você notou que é aquilo que deseja, não desista por salário ou opinião alheia, siga confiante que no final de todo obstáculo, tem uma recompensa: a satisfação e como complemento:a felicidade.

Por Thaís Ferreira

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Profissões na área de humanas - Direito


Para tornar-se um bacharel em direito, o profissional precisa graduar-se em um curso de Direito, com duração de 5 anos. Com o término do curso, o recém formado pode escolher o ramo de atuação em que prefere trabalhar. São dois: Carreira de advocacia ou carreira jurídica, que veremos a seguir, mas antes, o que faz um advogado?

Em seu trabalho, o advogado tem como objetivo resolver conflitos entre pessoas, empresas ou instituições, usando a lei e fazendo prevalecer a justiça. Um advogado tem sempre de se manter informado e se atualizar constantemente, já que as leis estão sempre em transformação e revisão.
  
Carreira de advocacia
Optando por essa carreira o advogado pode defender seus clientes nos campos: civil, penal, trabalhista, comercial, entre outros. É uma das carreias que mais existem especializações e ramos para atuação.

Vantagem:
• maior flexibilidade de trabalho, permitindo que o advogado atue por conta própria ou então em um escritório.
 Desvantagem:
• instabilidade presente em toda carreira de profissional liberal.

Carreira jurídica
Para esta é necessário se especializar e prestar concursos públicos, que são bastante concorridos, para se tornar: Delegado de Polícia, Promotor de Justiça, Juiz de Direito, Procurador e Desembargador. Apesar da dificuldade, são carreiras estáveis e de excelente remuneração.

Vantagem:
• empregos estáveis com rendimento fixo.
 Desvantagem:
• grande dificuldade para se passar nos concursos públicos e a grande carga de responsabilidade.

O Curso de Direito:
O curso de direito, com duração de cinco anos, exige bastante leitura, aquisição de cultura geral, exercício de memória, rapidez de raciocínio, análise e coordenação de idéias, tudo voltado para a defesa dos interesses do cliente. Para exercer a profissão, o recém-formado é submetido ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB e, ao ser aprovado, recebe a carteira da OAB, que lhe faculta o exercício profissional.


As faculdades de direito que tem os maiores índices de aprovação da OAB são:
• USP – Faculdade de Direito do Largo São Francisco
• Mackenzie
• UNESP (Franca)
• PUC-SP
• PUC Campinas
• Faculdade de Direito de Presidente Prudente
• Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo
• Universidade Católica de Santos
• Faculdade de direito de Franca
• Faculdade de Direito de Sorocaba



Por Bruna Brito